Dicas, Saúde
Catarata:
mitos e verdades
Um dos principais temas do Congresso Brasileiro de Oftalmologia, a CATARATA ainda gera muitas dúvidas e continua sendo a maior causa de cegueira reversível no mundo.
A CATARATA é uma lesão ocular que atinge e torna opaco o cristalino, lente situada atrás da íris cuja transparência permite que os raios de luz o atravessem e alcancem a retina para formar a imagem. Esse envelhecimento gradual do cristalino compromete a visão e pode levar à cegueira. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a doença é responsável por 48% dos casos de perda da visão no mundo, atingindo de 45 milhões de pessoas. Só no Brasil, estima-se que surjam 552 mil novos casos da doença todos os anos.
Apesar de a cegueira por CATARATA ser reversível, na maioria dos casos, milhares de pessoas continuam sem tratamento por medo, falta de informação ou dificuldade de acesso ao tratamento. O especialista Walton Nosé, Livre Docente da Universidade Federal de São Paulo, ajuda a esclarecer alguns dos mitos que ainda rondam a CATARATA.
Catarata é uma doença apenas de idosos?
Não. A Catarata Senil, que atinge pessoas com mais de 60 anos, é mesmo a manifestação mais comum da doença, mas existem outros tipos de catarata. Por exemplo, 10 em cada 10 mil recém-nascidos podem apresentar a Catarata Congênita, que se manifesta na infância, podendo surgir do nascimento até os 10 anos de idade. Geralmente aparece em decorrência de doenças como rubéola e a toxoplasmose durante a gravidez. Existe ainda a Catarata Traumática, relacionada a lesões oculares, e a Secundária, em decorrência de outras doenças sistêmicas, como a diabetes, e oculares, como o Glaucoma. Esse tipo de catarata também pode aparecer por conta do uso excessivo de medicamentos à base de corticóides.
A catarata é hereditária?
A Catarata Congênita pode sim ser hereditária, já a Catarata Senil, não. Faz parte do processo normal de senilidade ocular. No entanto, a velocidade de envelhecimento e da opacificação do cristalino pode depender de características hereditárias. “Os primeiros sinais de perda da visão começam a surgir a partir dos 40 anos de idade. É também nessa fase que entram em cena a presbiopia, a chamada vista cansada, e a degeneração macular, que dificultam a visão de perto. A melhor maneira de prevenir tais doenças é consultar um oftalmologista anualmente”, orienta Nosé.
Algum colírio pode curar a catarata?
Não. A evolução da doença varia de pessoa para pessoa, mas a CATARATA só é tratada através da cirurgia. O procedimento é realizado por um aparelho de ultra-som, o facoemulsificador, que aspira o cristalino e injeta a lente atrás da íris – parte colorida dos olhos. Hoje já é possível retornar ao trabalho em 24 horas, sendo que a recuperação total geralmente ocorre em uma semana.
Quando operar?
No passado, os especialistas recomendavam esperar a CATARATA “amadurecer”, ou seja, o cristalino tornar-se totalmente duro e opacificado, antes de fazer a cirurgia. Dizia-se também que era aconselhável esperar a doença acometer os dois olhos para operar de uma vez só. “Hoje, graças aos avanços da medicina, que tornaram o procedimento muito mais seguro para os pacientes, entende-se que o procedimento deve ser levado em consideração sempre que a catarata interferir nas atividades diárias do indivíduo”, explica Nosé. No caso da Catarata Congênita, deve-se operar o mais precocemente possível, para permitir a chegada do estímulo luminoso à retina e com isso possibilitar o desenvolvimento visual.
É possível se livrar do uso dos óculos operando a catarata?
Sim, na maioria dos casos. Atualmente existe uma grande variedade de lentes para a cirurgia de CATARATA. As mais recomendadas são as dobráveis de acrílico, pois são inseridas em uma pequena incisão e proporcionam uma recuperação visual mais rápida e segura. As lentes de modelo AcrySof permitem a visão de perto a meia distância e de longe, reduzindo a necessidade de uso de óculos para perto para 80% dos pacientes. Essas lentes têm uma coloração amarelo-transparente, a cor necessária para filtrar a luz azul, que é danosa à retina e está presente, por exemplo, em lâmpadas fluorescentes. O pigmento amarelo, porém, não altera a percepção de cores naturais dos objetos e nem a qualidade de sua visão. É a lente que mais se assemelha ao formato natural dos olhos. Mais de 40 milhões de pessoas já implantaram estas lentes no mundo inteiro.
O implante deste tipo de lente reduz os fenômenos conhecidos como glare (manchas brancas na imagem) e halo (anéis luminosos), associados à visão noturna. Elas amenizam de forma significativa a dificuldade de enxergar em ambientes com pouca luminosidade e possibilitam que o paciente volte a realizar tarefas como dirigir ou andar nas ruas à noite.
Como é feito o implante?
No passado, extraía-se a catarata inteira e colocava-se uma lente não dobrável o que necessitava de um corte de até 12mm exigindo a realização de pontos para o fechamento da abertura feita. Atualmente, a técnica cirúrgica mais moderna consiste da remoção do cristalino por micro fragmentação e aspiração do núcleo, num processo chamado facoemulsificação, e posterior implante de uma lente intra-ocular dobrável. A evolução da técnica permite hoje incisões muito pequenas, entre 2 e 2,5 milímetros, o que dispensa a necessidade de sutura, possibilitando que o paciente seja submetido à cirurgia de catarata com anestesia tópica (apenas colírios), saindo da sala de cirurgia com uma visão bem próxima da visão esperada.
É possível evitar a catarata?
Não existe nenhum método efetivo para evitar a opacificação do cristalino com o passar da idade, mas algumas dicas podem ajudar a retardar o aparecimento da catarata e prolongar a saúde da visão. É recomendável, ao longo de toda a vida: não fumar, manter uma dieta balanceada que inclua frutas e vegetais, cuidar bem de outras doenças, como o diabetes, e proteger os olhos, usando óculos escuros com proteção contra os raios ultravioletas.
Fonte: Assessoria Alcon
* Muito importante: Apenas seu oftalmologista pode avaliar com precisão seu caso clínico em particular.
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Exercício físico é benéfico para pessoas com glaucoma
Estudo da Universidade de Thessaloniki, na Grécia, conclui que pessoas que sofrem de GLAUCOMA podem praticar atividades físicas sem medo de piorar a doença.
De acordo com os autores, algumas pessoas acreditam erradamente que o exercício físico pode aumentar a pressão, contribuindo para a progressão da doença. Para analisar os efeitos dos exercícios na pressão dentro dos olhos, os especialistas avaliaram 45 pacientes com glaucoma que faziam exercícios aeróbicos regularmente com ou sem uso dos colírios específicos, e 100 pessoas saudáveis.
Foi observado que havia uma significativa redução da pressão intra-ocular após a realização de exercícios. Este efeito ocorria tanto em pessoas saudáveis como nos dois grupos dos portadores de glaucoma. Baseados nos resultados, os pesquisadores destacam que os exercícios aeróbicos moderados, como caminhada, são benéficos e devem ser recomendados a pessoas com GLAUCOMA.
“O próximo passo da nossa pesquisa é identificar como outros tipos de exercício afetam a pressão intra-ocular, especialmente em pacientes sob medicação”, concluíram.
Fonte: RCM Pharma
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